sábado, 3 de novembro de 2012

Foi o sentir da tua presença






Foi o sentir da tua presença em pensamento
que afugentou as sombras tristonhas
postadas em volta do meu ser caído.

Foi esse pouso de calma do teu peito,
do teu corpo estendido na imagem levantada
pela vontade perene dos meus olhos,
que recebeu o desaguar exausto
das angústias insones da minha alma.

Do meu deserto de dúvidas firmadas,
entendi que a vida só pode persistir
além do fechamento irreversível dos olhos:
porque um amor como o nosso
não cortará os próprios passos
ao perceber a mão suspensa da morte.
Simplesmente sorrirá para o sinal avistado
e continuará andando...


Poema: Elaine Regina
Imagem: autor desconhecido



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3 comentários:

  1. Acho que fomos inversamente proporcionais: http://fredcaju.blogspot.com.br/2010/05/na-sua-ausencia.html

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  2. Nada cortará os passos ao verdadeiro amor, ainda que com "a mão suspensa da morte" no horizonte.
    Excelente poema, gostei muito. Continuas a fazer muito boa poesia.
    Elaine, tem um bom fim de semana.
    Beijo.

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  3. É, o amor é mesmo esse ser indomado que sobrepuja até a morte, que levanta o caído, que revigora nos o animo, que nós faz querer viver uma eternidade inteira se possível.

    Adorei os versos

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