Marcadores de livros,
eu tenho alguns,
já previamente
decorados e confeccionados por alguma empresa especialista no assunto.
Todavia,
não resisto a um bom
retalho de página fresquinho,
feito na hora,
recém-colhido
de algum caderno que se
perdeu do caminho
traçado pelas gráficas
da vida.
É esse retalho,
trêmulo e doce,
quase tão doce quanto
uma pétala perdida,
que se ergue da sua
patente humildade
para exercer, da
maneira mais nobre possível, uma nova incumbência.
Não nasce só um muro
singelo
(tão semelhante à folha
de um outono esquecido).
Nasce uma Muralha da
China,
um titã de braços
abertos
a separar os dois
mundos espalmados
e recém-descobertos de
um livro.
Poema: Elaine Regina
Imagem: autor desconhecido
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Biblioteca Nacional
Cada detalhe um vivência.
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