Não te conheço através das vias do palpável,
mas conheço-te por vias ainda mais reais,
que menosprezam a certeza do concreto.
Tu fizeste da flor pequena que eu era
uma flor de hastes bem maiores
quando me confiaste a semente dos horizontes
e tiraste o véu das janelas ocultas,
para que eu percebesse o quanto as perspectivas mudam
a depender do olhar que despertamos.
Apontaste para os cantos do meu ser
e mostraste que as cordas tecidas
para assegurar a firmeza das mãos
podem estrangular a vivacidade dos dedos.
Conjuraste o encantamento dos amores,
e os teus lábios prontamente ignoraram
qualquer distância pretensamente verdadeira.Teu amor aprofundou os meus olhos,
e hoje eu vivo a impulsionar
as margens do meu infinito.
Poema: Elaine ReginaImagem: autor desconhecido
© Todos os direitos reservados - registrado no EDA/Fundação Biblioteca Nacional
O amor faz crescer as flores, torna-as mais bonitas, mas não as inventa. Elas já existem antes do amor.
ResponderExcluirPara o amor não há distâncias. A distância pode, até, ser uma ponte...
Adorei o teu poema. Pela forma e pelo conteúdo. As tuas palavras encantaram-me.
Elaine, tem um bom fim de semana.
Beijo.
O amor constrói a mudança do humano, em cada ser.
ResponderExcluirO amor é justo, nunca faz o que esperamos, mas o que realmente tem que ser feito; A transformação sem máscaras.Beijo grande de leitor e admirador da sua arte.:- BYJOTAN.
Hoje, ao deslumbrar os olhos do amor, os lábios úmidos relembram as cordas, tais quais novelos perdidos nos cantos a procura da janela, cujo véu mostra no horizonte; uma flor pequenina e perfumada, que concretiza momentos reais de felicidade, através de vias importantes.
ResponderExcluirObrigado pela sua atenção e carinho!
ResponderExcluirBeijos!...
Muito boa sua poesia. O amor é esse ser, que nos abre os olhos, e traz a tona todo o sentido das coisas.
ResponderExcluirabraços
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