sábado, 12 de janeiro de 2013

A paz das bibliotecas







Queria tanto a paz das bibliotecas!

Aquela paz de poltronas confortáveis

que parecem acomodar satisfatoriamente qualquer inquietude da alma,

aquela paz de salões vazios, inalteráveis,

fincados à margem da correria impiedosa das coisas

e aparentemente imunes a qualquer solavanco na imensidão terrestre.

Queria tanto a paz envernizada, sólida, limpa, pesada

(quase possível de ser transportada).

Queria tanto, meu Deus, tanto!

A paz das bibliotecas!





Poema: Elaine Regina
Imagem: autor desconhecido



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3 comentários:

  1. Na vida em geral, a paz das bibliotecas não existe.
    Então, temos que a "fabricar" à medida das nossas necessidades sempre que isso for possível. Resta saber quantas vezes somos capazes dessa abstracção...
    Gostei muito do teu poema, o qual levanta questões interessantes.
    Boa semana.
    Beijo, querida amiga.

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  2. Oi Elaine, que poema perfeito, principalmente para os dias atuais, onde somos movidos por inquietudes e tormentos mil. Seu poema tem ar de sossego e nos leva a refletir sobre o nosso estado interior. Me lembrei de uma musica agora.


    Bjos

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