Lanço-me abruptamente aos teus braços.
E o teu colo de rocha inabalável
– visando a permanência do meu conforto –
se desfaz em areia tênue e atribui
a cada curva constante do meu corpo
outra curva de inconstância fina e leve.
E o teu colo de rocha inabalável
– visando a permanência do meu conforto –
se desfaz em areia tênue e atribui
a cada curva constante do meu corpo
outra curva de inconstância fina e leve.
Sabes que sou uma onda imprevisível
a acompanhar os limites redesenhados,
que se expandem e se contraem conforme ordena
o pulsar irregular das sensações.
Entre nós não há pontes factíveis.
Mas nos amamos tão verdadeiramente
que o oceano se compadece:
abre os braços e nos une,
feito um firme, um imenso continente.
Poema: Elaine Regina
Imagem: autor desconhecido
© Todos os direitos reservados - registrado no EDA/Fundação
Biblioteca Nacional
Um poema de movimento, de curvas, de abraços, em que o mar se transmuta em continente.
ResponderExcluirAdorei estas suas palavras.
Até à próxima.
Muito bonito.
ResponderExcluirÉ da natureza - parece-me que mais da feminina, mas não só - essa imprevisibilidade, esses limites que se contraem e se expandem... mas quando o amor acontece, é assim que o mar procede.
bjos
Ondas e ondas que nos levam a uma união infinita!
ResponderExcluirBelíssimo!
Beijos!...
Excelente.
ResponderExcluirEste também será um dos teus melhores poemas, ao lado de muitos...
Elaine, querida amiga, tem um bom fim de semana.
Beijo.