Errei.
E os meus erros comeram,
à luz das janelas ausentes,
partes gigantescas do meu corpo.
Os erros — céleres cupins,
magos
tão velhos quanto o primeiro esboço da natureza humana —,
penduraram à parte,
na parede de menor notoriedade,
as leis da Física,
pois os trechos esburacados por eles
conseguem ser sensivelmente mais pesados
do que as partes cuja inteireza foi mantida.
E é por isso que eu peso mais a cada hoje...
Por vezes,
gasto parte do meu tempo a observar toda a renda complexa
dos erros.
E o trabalho não ficou de todo ruim:
Ganhei milhares de janelas...
Poema: Elaine Regina
Imagem: autor desconhecido
© Todos os direitos reservados - registrado no EDA/Fundação
Biblioteca Nacional
Atualizado em 22/12/2013
Atualizado em 22/12/2013
E quantas mais janelas, melhor...
ResponderExcluirMais um poema de excelente nível.
Beijo, querida amiga.
Que Eros coma seus erros.
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