sábado, 9 de março de 2013

Às vezes, o frescor de um sentimento







Às vezes, o frescor de um sentimento

corre triste o contorno da alvorada,

espreitando em silêncio a madrugada,

da janela dos próprios pensamentos.




Desce a noite, decresce o firmamento,

num tapete de estrelas naufragadas

que flutuam pequenas, peneiradas, 

como areia infinita em movimento.




Num lençol cristalino de águas mansas, 

pés libertos escrevem linhas finas 

que brilham mais que a prata das lembranças.




É um andar de belezas pequeninas,

na direção de breves esperanças

que se escondem atrás de grandes sinas.



Poema: Elaine Regina
Imagem: autor desconhecido



© Todos os direitos reservados - registrado no EDA/Fundação Biblioteca Nacional  

3 comentários:

  1. Linda poesia, de um lirismo imprecionante, por um momento quase me perdi nesses versos.


    Abraços

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  2. As vezes até conversamos com elas, mesmo quando as nuvens tomam conta do firmamento.

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  3. Elaine!!!!!

    Ai, meu Deus, amiga minha, de longa data...
    Deixa eu me refazer aqui, primeiro, estou estonteada depois que li esse soneto!
    Que-coi-sa-ma-ra-vi-lho-sa!!
    Tudo nele é perfeito!
    Saudade de ti, viu, linda???
    Estou te seguindo no FB também, pois é lá que agora me encontro..rs.
    Beijos, de montão! Com muitos parabéns pelos poemas (pensa que li somente esse? Li um tantão...rs)
    Até breve!
    Fique com Deus!

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