Eram a pele e o avesso.
Somente eu divisava aquele teto.
Somente eu divisava aquele teto.
Pintei o lado calado.
Na pele, fiz um mapa,
um tratado.
Listei as direções seguras.
Amarrei um olhar atento
a cada porta vergada;
às janelas, mandei que se apartassem
de qualquer sussurro estranho.
Mas depois, meu Deus, eu vi um homem
desatarraxando as direções
e pintando tudo de infinito.
Nem pude reagir.
Virei tela indefesa
nas mãos do artífice do Verbo.
Poema: Elaine Regina
Imagem: autor desconhecido
© Todos os direitos reservados - registrado no EDA/Fundação Biblioteca Nacional
Wow! Excelentes imagens (nos versos). Abração!
ResponderExcluirFeliz Natal!
ResponderExcluir... E assim, o Jovem Jesus,
na tenda de Nazaré;
com raios do buril de luz
grafou a mensagem da Fé!
Somos partícipes das cores, ora com tintas físicas ou com as tinturas das palavras em forma de versos!
ResponderExcluirBeijos, amada Amiga!
Toda a gente fica indefesa perante a pessoa certa...
ResponderExcluirExcelente poema, adorei.
Elaine, querida amiga, tem um bom fim de semana.
Beijo.