O trabalho nunca nos deixa.
Os frutos estão distantes.
O suor é chuva abundante:
nunca cessa.
Afoga o rosto do homem,
porém,
respinga pouco na terra e na semente.
O suor corre,
tem a pressa das pernas atrasadas.
Os frutos não têm pernas,
arrastam-se.
São preguiçosos:
quando estão de olhos abertos, tenhamos certeza
– tenhamos mesmo certeza –
de que eles apenas abriram os olhos.
Portanto, não vá pensando em frutos maduros...
Que o suor corra então sempre na frente,
porque os frutos, no tempo certo, virão atrás.
Imagem: autor desconhecido
© Todos os direitos reservados - registrado no EDA/Fundação Biblioteca Nacional
Os frutos maduros dão muito trabalho... Mas o esforço sempre compensa.
ResponderExcluirGostei muito deste teu poema. É magnífico.
Um beijo, querida amiga Regina.
Curto muito versos que exprimem o cotidiano humano, vc me lembro agora de Mario Quintana, que fazia como ninguém, gostei bastante.
ResponderExcluirAbraços
Lembra bem o fato de plantar uma semente. O trabalho pode ser longo, mas no futuro haverá muitos frutos!
ResponderExcluirGrande Abraço